Amor, me perdoa
Me perdoa, amor
em cada calçada das ruas noturnas de luzes alaranjadas
embaixo das marquises buscando qualquer falsa proteção
moram seres que negamos serem humanos ou terem almas
não lhe estendemos sequer o olhar, quiçá uma mão
talvez eu tenha me tornado uma sombra triste e um pouco disso pra ti amada
talvez eu não veja mais ou reencontre seu triângilo das bermudas e perdão
milhares nas filas batendo na porta das fábricas
querendo mostrar um pouco do que tem aptidão
eu entendo de vidas que seguiam um rumo e foram estraçalhadas
por um golpe contra nós todos e a nação
eu me perdi com esse falatório todo, o rumo de casa
demorei os anos de luz e estrelas mas recuperei a visão
se hoje há chance de voltarmos juntos pela estrada
quero que saiba que essa é minha maior missão
andar mais uma vez com você de mãos dadas
enfrentando os lobos, vampiros que nos sugam vontade e coração
Amor, me perdoa
Me perdoa, amor