sábado, maio 27, 2006

ultima pergunta...asimov

calma que já vem
calma que isso vai passar
tenho certeza disso
tenho para mim
que todos seguiremos depois
e depois de terminar tudo
agora já foi um antes com as mesmas perguntas
e a mesma sensação de não resposta
neste rabisco de luz
estamos como nossos pais sentados
como nossos avós chorando
como os nossos irmãos tremendo
tudo isso passa
assim que chegar
assim que chegar
eu sei
e que haja luz!

quinta-feira, maio 25, 2006

mundo lembrança

tudo me lembra você
todas as coisas me levam a você
ao teu berço e abraços
ao teu terço e teus passos
tudo que respiro tem o teu cheiro
todos os sons tem a sua voz
e todas as silhuetas são as suas
todas as roupas cabem em você
e eu sonho/vivo nesse mar de bailarina
...
de tarde foram as canções
que especialmente viajaram comigo
e transportaram meus desejos
em palavras de outrem
encontrei os meus significados:
"saber amar é deixar alguém te amar"
caso eu ainda tivesse alguma dúvida
de que era isso que devia fazer
de que "meu amor é teu, e seu desejo é meu"
e eu levanto minha mão para o céu para agradecer
"se algum dia encontrar um amor, um lugar pra sonhar
pra que a dor possa sempre mostrar sempre algo de bom"
assim como "ainda lembro o que passou"
"e quando eu perguntei ouvi você dizendo
que eu era tudo o que você sempre quis
mesmo triste eu tava feliz"
e isso só gera em mim
"vontade de te ver mais"
mesmo com a minha estupiez
que não me deixa ver
"quantos idiotas vivem só"
e vc que teve "um amor em cada porto"
sabe que "não somos o que devíamos ser"
mas "não se preocupe mais"
"talvez eu seja o último romântico"
e um dia perceba e te diga livremente
o que já está "refletindo em meus olhos"
que "quando vi você me apaixonei"

terça-feira, maio 23, 2006

esquecimento...

a solidão, há a solidão
sou um apontador de coisas óbvias e mundanas
uma leve paixão, uma cabeça caída
um leve arrombo e uma cena
uma lembrança do que vim fazer aqui mesmo?
Eu realmente não me recordo
Todo o resto já esqueci
Só lembro do seu rosto
Indo na penúria depois de te rejeitar
O medo me fez fazer coisas horríveis
Com quem não queira fazer

REBELIÃO NO PADRE SEVERINO


{Somos máquinas em vilões adolescentes
É inevitável e estúpido
Somos máquinas em heróis adolescentes
E viemos dominar o mundo }

Passaram e estava inconsciente
Ficaram suas pancadas
E gira-imundo-mundo
É perigoso cegos-mutantes-dementes

A imaturidade tão madura das ruas
Chocará os expostos do contexto
Fechar os olhos é sempre adotado
Para não ver o sofrimento nos seus rostos

Um dia a janela será aberta para nós
Ou à nossa próxima geração…
Aí imundo ,o mundo verá o que é estar só
E o que é traição

Tiras pretas nos ajudarão
Nessa selvagem omissão
Olho no Olho eu não quero ver
E lembrar que eu os vejo pela TV

Não , a quem eu quero enganar
Eu sou mais um engaiolado pela sociedade
Derrubar as proteções dos telhados
Não é o que a gente quer
E sim que nos que nos devolvam a nossa fé

Aqui deitado no chão
Procuro a tranqüilidade
No calor sombrio da escuridão
Que invadiu essa cidade

canção aKURTica RUSSOnica

As palavras que eu digo
Não fazem mais sentido
Hoje eu vi no espelho
a minha vida pelo avesso
As gavetas foram abertas
E a flor desabrochou
Mas porque só eu não vi
O tempo que passou
A estrela apagou
As velas ascendidas
Brilhavam ao luar
Naquela noite
Ele chorou , ao invés de sonhar

{ Falta quanto para o seu fim
falta quanto para o meu fim
falta quanto para o fim ,de nossas histórias
nossas histórias, vossas histórias
nossas histórias, vossas histórias}

Quando estava perto de me conformar
Apertou o desespero e o Sol morreu
Veio de novo a dor da saudade
E a demência de Orfeu
Dessa vez não havia mais objeto de busca
A aventura chegou ao fim
Os objetivos não se tinham mais
Se tivesse coragem também não chegariam a mim
Mas quem vai saber se foi falta
Ou excesso de confiança
Que tanto falaram que ele negou
Quando o véu lhe alcançou
Se alguém quer julgá-los que o faça
Não vão diminuir aquilo
que a gente tanto amava
não vão conseguir
{ refrão }
Somos da geração sem pais
Aprendemos a nos espelhar em nossos ídolos
E com eles nos tornamos gente
E com eles nos tornamos adultos
E com eles nos tornamos nação
URBANA LEGIO OMINA VINCIT



a partir de agora os escritos que estiverem em itálico são escritos mais antigos da série: oldies but goldies

sábado, maio 20, 2006

boca vilipendiada

são quatro e meia da manhã e sua boca ainda está aqui
nossa, eu não consigo dormir
mas pelo menos tenho essa boca linda
de sorriso de gato
de olhos de gata, de lince lânguida
que quase me transparecem todo
você já sacou quando eu mudo
quando só te vejo na minha frente
nua e louca
nua como eu quero
e louca como gostas de ser
e agora meu bem o que fazer
com esta tua boca
que está aqui na minha
tenho tantos planos
todos censuráveis
todos te levariam ao inferno
e me levariam ao céu
como já fizeste antes
esta mordida que me dá
e que me marca
diz: esse é meu macho,
minha boca,
e aqui faço meu campo,
eu bordo e traço!
e eu aceito e te chamo:
-vem que a sua boca já está aqui só falta usted!

Radiohead - True Love Waits

a música do momento: e ela ainda me disse brincando, que o verdadeiro amor espera, mesmo sem saber o nome desta que vinha ouvindo e cantando; e pensando nela... eu vou afogar as minhas crenças/ pra ter você, ficar em paz


TRUE LOVE WAITS / (O verdadeiro amor espera)


I'll drown my beliefs / Eu vou afogar as minhas crenças
To have you be in peace / Para ter você, ficar em paz
I'll dress like your niece / Eu vou me vestir como sua sobrinha
To wash your swollen feet / Para lavar seus pés inchados

Just don't leave, don't leave / Apenas não vá embora, não vá embora

I'm not living / Eu não estou vivendo
I'm just killing time / Estou apenas matando o tempo
Your tiny hands / Suas mãozinhas pequenas
Your crazy kitten smile / Seu sorriso de gatinho doido

just lonely, lonely / apenas sozinho, sozinho
just lonely, lonely / apenas sozinho, sozinho

And true love waits / E o verdadeiro amor espera
In haunted attics / Em sótãos assombrados
And true love lives / E o verdadeiro amor vive
On lollipops and crisps / Em pirulitos e batatinhas

Just don't leave, don't leave / Apenas não vá embora, não vá embora

just lonely, lonely / apenas sozinho, sozinho

quarta-feira, maio 17, 2006

caminhos errados 3

caralho eu não acredito
eu fiz isso mesmo?
deixei você ir sem brigar?
deixei eu de matar e morrer?
fui condescendente com esse ato tão cuel?
ou melhor fui a mente por trás dele?
eu sou O Mal
eu escolho mal
mergulho de cabeça em lama
e fujo de águas potáveis
decido pisar no freio depois de passar pela curva
escolho sempre a podridão pra minha vida
e espero ganhar algo com isso
ser turrão ainda vai me compensar em algo
diz a minha voz interior
vai sim, eu sei pra onde está me levando...
meu medo está mais do que nunca presente
batendo na porta com o saco na mão
pedindo minha contribuição
pedindo mais do que isso
meu corpo e alma por essa causa
eu nem gosto de mim
por que quero tanto ficar sozinho?
não entendo...
não entendo...
meus caminhos são tortos
eu sou torto
e errado

caminhos errados 2

quero escrever sem rimas
pra abafar meu grito
que tem que ser mudo
porque ninguém está mesmo ouvindo
essa mania de me precipitar
só me deixa em maus lençóis
te disse em segredo que te amava
e me seguro muito pra não deixar isso parecer verdade
por que é a mais pura
eu sou complicado
espero que me amem pelo meu catarro
pelo meu vômito sofisticado
pois odeio tudo que é bom em mim mesmo
pois custo a acreditar que possa fazer algo belo
é desconfiança de mim, eu sei
baseada nas minhas maiores atrocidades
eu sei o quão baixo sou
por isso não me misturo muito por aí
e se isso acontecer, ai de quem cruzar meu caminho
(se todos interfirimos mesmo no caminho uns dos outros)
eu só quero não desmanchar essa sua confiança no mundo
essa esperança que não tenho
que não me deixo ter
e não suporto quando sinto algo assim
por isso me saboto
por isso traio meus sentimentos
por isso corto minha carne
é melhor pra mim doer agora no começo
do que depois em você
agora dói mais em mim
eu que vou sonhar com você o resto da minha vida
que vou viver em nostalgia
dizem que se lembrar é viver mais uma vez
e eu vou reviver a gente tantas e tantas vezes
vou estar preso a mais uma história
dessas, em que sou o vilão no fim

caminhos errados 1

e eu que queria tudo passageiro
agora me pego amarrado em desejos
e eu tão desafeto do mundo
sou viciado em paixões e beijos

e eu escravo de emoções pequenas
vislumbro o céu quando te toco
incrédulo por ser um chamado tão intenso
pra essa linda festa

é que costumo cuspir no que amo
é que desdenho de mim mesmo
destruo tudo o que faço
só entendo o desespero

é assim, agridoce
sou feliz de longe
é assim agridoce
estou triste com o que houve

fui eu, eu sei
quem decretou esse passo
errado em descaminhos
que passam ao largo
do que necessariamente desejo
na verdade, preciso
que é um beijo, o seu beijo
e seu carinho

segunda-feira, maio 15, 2006

Do Amor (autor: moska)

Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependêcia e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor, chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado, mas é exatamente o oposto. Para mim, que o amor se manifesta, a virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construido, inventado e modificado, o amor está em movimento eterno, em velocidade infinita, o amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha respota? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido. A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com inicio, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo. O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espirito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha, como uma aurora colorida e misteriosa, como um crespúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço, e é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.


é por essa cartilha que tenho me guiado hoje em dia

sábado, maio 13, 2006

sou eu

é escasso / mas é o que há
é frágil / mas é o que se tem
é corrosivo / contrário ao que quer
é querido / mesmo sem querer
é chulo / vocês tem que ver
é folclore / e ri de não sei o quê
é podre / mas tem um charme
é pobre / e ninguem se importa
é um lixo / mas é o que pode
é rápido / e infelizmente passageiro
é triste / mas sorri toda hora
é aberto / mas ninguém sabe mesmo ao certo
é equilíbrio / mas tropeça a cada instante
é chato / ninguém gosta muito mesmo
é ingrato / mas acha que não o suficiente
é mimado / mas é orfão
é filho da tempestade com aurora
um arco-íris invisível
é apaixonado / mas se sente convalecido
é encantador / mas odeia a humanidade
é deprimente / e deprimido
é um sorriso / para aqueles que ama
incapaz de fazer mal ao mundo
só porque não tem chance
nunca se perdeu completamente
embora sempre tente
é repetitivo / é chato
é idiota / mas sempre achou-se inteligente
é uma ostra / quebrada e arrebantada
é um castelo / sem segredos e com quartos vazios
é delicado / e xinga até a família
é sincero / e esconde de si as verdades
é tudo isso e nada
é metido / mas não consegue manter a banca
é sensível / mas adora pisar nos outros
é rude / passa pelos mendigos amaldiçoando-os
é justo / sempre o seu primeiro
é imparcial / mas só salvaria os seus desse mundo
é fingido / e se desmascara assim só por escrever
é intolerante / o medo corre solto em suas veias
não gosta de crianças, de velhos,
adultos ou adolescentes
não vê poesia na vida
só na morte
não crê que vai melhorar
acha que se um dia se render vai apenas
se descaracterizar
é inútil ao mundo / e petende continuar assim
mas já traçou planos querendo resolver a miséria
é um merda / esperando a vida ou a morte acontecer
o que vier primeiro
é sonhador / e se pega sempre em fantasias que serão sua amardilha
é mesmo...
quase esqueci...
é sozinho...
sempre sozinho... e sou eu

terça-feira, maio 09, 2006

171 sem o um

você me ignora
e não sabe como me machuca
eu deveria ter seguido meu caminho
não amar mais ninguém
porque ninguém é confiável
basta uma brecha eles te furam
e te devassam
te alargam e te comprimem
penoso porque disse a verdade
não escondi minhas mais maléficas intenções
culpado por esconder umas verdades
e não querer me expor mais
mas me entenda
todos já me maltrataram
já me apunhalaram pelas costas
até eu mesmo me traí
não vê que nesse fim de semana
eu te amei?
niguém vê nada disso
todos seguem seu caminho
esbarrando nos outros e os destruindo
eu não quero mais
encenar essa peça
esse ato acaba
eu em frangalhos
e culpado
acaba em ódio reprimido
e cancêr no estômago
acaba em não confiança nem nos amigos
esses Brutus vingativos
e eu que nasci uma flor
hoje só sou espinhos
foi o que aprendi aqui
odiar quem eu devo amar
ou acabar sendo odiado ou até ignorado
eu sei que prometi não ligar pro seu comportamento
mas não entendo
por que mesmo só eu não consigo falar contigo?
marcas de ver o mundo
e nem quer passar aqui?
logo aqui que tens tão porto-seguro?
que me esmero tanto em criar jardins pra você?
logo aqui que é aconchego?
o que nunca tive de ninguém?
e que te dou de bobeira?
me sinto traído, abandonado...
queria mesmo não ligar pra nada disso
nunca mais
ser extremo e sozinho
ser minha ilha e flutuar
mas as ilhas não flutuam idiota
mas eu não consigo fazer nada certo
só machucar quem não deve ser machucado
e só esperar consideração em momentos de terror no mundo
é nessas horas que me lembro de meu pé machucado
do meu peito em brasas
e do meu sangue fraco
é nessas horas que olho pra mim mesmo
que é o que me sobrou
e todo mundo já sabe: essa não é uma boa figura de olhar
tanto que nem você que gostava de mim
quer se prestar a isso
quer apenas continuar a me ignorar...
tudo bem eu deixo.
não posso fazer nada mesmo
espernear pra quê?
só ficaria mas ridículo não achas?
eu sim...

sexta-feira, maio 05, 2006

ciganos e mendigos

até então sem motivos
até então fazer por fazer
até então éramos indívíduos
curtindo nosso prazer

mas não, tinha que se meter a romântico
tinha que ficar doente de novo
cair mais uma vez desse andaime
sentir mais uma vez essa dor

eu não estou preparado para isso
não estou pronto pra nada
eu não sei fazer nada
só gritar e esperniar
que quero ser nulo ao mundo
meu querido e imundo mundo
o meu mindinho tem mais consideração
pelos germes que o habitam do que você
chega d´eu botar o dedo nesta tua cara né?
você já sabe,
eu não gosto de você e você não gosta de mim
empatamos...
...
e isso não é sobre você é sobre ela
mas é você que me impede
de sentir tudo que posso
querer tudo que sinto
e ser livre
é você e sou eu
minhas dúvidas
vem do desejo de ser livre sem amarras
sem cobranças
por que estou cheio delas...
na verdade estou cheio de tudo
apaixonar-amar-estagnar-findar-odiar
as pessoas que mais gostei neste mundo
foram as que mais me magoaram
e as que mais magoei
por isso decidi
vou amar só os mendigos que não conheço
os ciganos que não vejo
os sem nada a perder
e ver se me torno um deles
quer saber onde estou?
olhe para eles
os sem esperança
os inconsoláveis
nós, os atingidos pela melancolia maior que é viver

desde criança...

desde criança dizem que
adoro chamar atenção
e hoje sou extremamente tímido
desde criança dizem
pra eu ter juízo
e nunca nesta merda de vida eu o perdi
desde criança dizem que
é bom estar comigo
mas quando do meu lado só me criticam e analisam
desde criança dizem que
sou especial
assim como passam a mão na cabeça dos meninos de rua
desde criança dizem que
eu vou mudar (assim como eles) meus hábitos alimentares
e hoje me construo em biscoitos recheados
desde criança todos sabem o que é melhor pra mim
o que vestir
como me portar
de quem gostar
com quem andar
quando sair
quando ficar
desde criança...
minha rota é dirigida
minha vida é assistida
os meus negócios são públicos
e pessoas que nunca vi mais gordas
sabem o tamanho do meu pênis
esta é a vida...
sorria de volta pra ela
em tese todos aceitamos essas regras
mas eu não me acostumo
eu grito:
-NÃO ME ACOSTUMO!
não tem jeito
é sempre em desespero
é sempre uma busca de saída
é sempre esquecimento
sou eu sempre uma criança aflita
por não ter o que quero
por não ser o que quero
e por sempre nessas horas
estar mais uma vez sozinho...

desde criança meu pai
me aconselhava em tudo
queria me dizer que entendia
melhor do que ninguém este mundo
e hoje ele está com depressão
assim como passei minha vida toda
eu apenas lhe digo:
-bem vindo ao meu mundo!