sábado, outubro 30, 2010

minha gramática

bateram à minha porta
com uma dúvida entregue na bandeja
eu assinei sem saber
Por que a gente ama? por que a gente quer?
eu disse
calma, eu gosto de frases longas,
ao contrário das curtas
nelas a gente tem o direito de errar

durepox

amanhã
vão sonecas nessa estrada
eu queria o colo da amada
a amada queria meu dengo
mas o mundo é físico
e nós temos olhos estrábicos
de que importa viver
se o que apresentam são falsos dilemas?
uma alma que ama você
mas não vai com seus cutuvelos
imagina o que é para uma mãe negar comida
simplesmente assim, aos seus filhos?
negarmos, é a maior afronta à vida
o mundo é uma farsa
meu quarto é uma farsa
meu sorriso é uma farsa
essa porta é um cenário
e esse blog, um teatro
comédia de piadas vazias
drama desinteressante
vão, continuem as suas vidas
mas estejam todos avisados
nesta monotonia
de parcos e pobres espetáculos
não que os salve dessa maldição
viverão burros, esse novos velhos candidatos
e sorridentes com dentes implantados por cirurgião

quinta-feira, outubro 28, 2010

carta aberta ao Povo

Eu estou com um choro no peito travado, esperando o tempo. Esperando resolver e finalizar as questões da minha vida e do Brasil. Ao mesmo tempo que finalmente consigo terminar minha monografia (outra), também acompanho o fim dessa pérfida eleição. Na qual, o futuro está em xeque: seremos o país que eu sempre sonhei quando pequeno ou seremos pequenos como temia adulto?
O modelo desenvolvimentista apresentado por Dilma por mais críticas que apresento a ele é exponencialmente superior ao modelo do outro, me recuso a sequer dizer seu nome aqui. Anos-luz de distância. E o modelo do outro não tem volta. Ou as pessoas acham que a Vale um dia voltará ao seio brasileiro? Qualquer erro que o modelo Dilma possa cometer ele pode ser corrigido num próximo mandato. Já o do outro não.
Mas meu choro preso não é só sobre esse sonho de país. A origem desse choro é o agradecimento. Agradecimento aos que lutaram por tantos, aos que fizeram bem aos demais, aos que possibilitaram, mesmo tomando porradas da mídia, um maior conforto pra maioria da população. Eu lembro de meus primeiros estudos em Geografia político-social e como parecia impossível resolver a equação do crescimento versus distribuição de renda. E que mesmo assim, eu sempre fui à favor que se distribuísse, afinal, já que é pra afundar, que afundemos todos juntos. Sem direito aos botes para os ricos.
Eu lembro também de chorar no dia que enfim, esse país elegeu o Lula, um choro um pouco envergonhado. Lula ganhou com a agenda mais reduzida de política entre todas as campanhas. Mesmo votando nele, lembro de desculpar meu choro pelos sonhos de tantos e pela história do presidente.
Então veio o primeiro mandato, nem muita coisa mudou (comparativamente ao que se vê hoje em dia), mas o que mudou foi base para o segundo, e esse sim foi craque. O Brasil começou a inverter a curva social que impera aqui desde que o primeiro nativo disse: pau-brasil. “Pela primeira vez na história desse país”, há uma política pública e efetiva de inclusão social e aumento de renda da maioria da população. Isso não é ideologia, são os fatos.
Eu lembro que chorei de novo quando Lula ganhou o segundo mandato. Era a certeza de que continuaríamos no caminho mais correto. E desde meados do ano de 2009, venho percebendo, há um choro preso aqui dentro, um choro que foi ficando cada vez maior e mais estancado.
O choro de gratidão a Lula quer sair, mas ele não quer se sentir um choro de tristeza. E a garantia de que esse choro será um choro feliz só o povo brasileiro pode me dar no próximo domingo nas urnas.
Podemos jogar a maior oportunidade histórica que nos foi dada para tomarmos nosso destino como nação nas nossas próprias mãos. Ou podemos nos acovardar da responsabilidade que esse tipo de ação traz. É difícil ser adulto.
Por enquanto, eu seguro meu choro, trêmulo, lutando dia após dia, fazendo figa e nas ruas sorrindo quando alguém reage ao meu botton da Dilma presidente.
Eu espero que domingo de noite, eu chore pela obra de Lula, de alegria, de orgulho e de gratidão a esse que foi talvez o homem mais importante da minha vida e de muitos outros brasileiros que cresceram sem pai, num projeto de País e não num país efetivamente.
Domingo eu espero me recolher 30 minutinhos, rezar em agradecimento e desejar tudo de bom ao Brasil e a Lula que hoje faz aniversário.
Por enquanto fica um obrigado ainda tímido e temerário de que podem manchar ainda a sua obra e a esperança de não o vão. Obrigado Lula, muito obrigado.

quinta-feira, outubro 14, 2010

crisântemo

eu tomando balão
da minha própria hombridade
não se pode recorrer nem a viagra
afinal passamos dessa idade

são ponchos de algodão
que fervem em bocas de fornos
queimam de sopetão
transformam o que tocam em mouros

sonhe meu filho
porque naquele mundo
está o melhor
dos seus zumbidos

eu sempre gostei do som
da palavra crisântemo
é um tipo de flor
me traz paz em pesadelos

eu sempre gostei do seu jeito de andar
e se esquivar no corredor
dos marmanjos em peso
que buscavam com ardor

assim como eu, o seu beijo
eu sou às vezes sortudo,
hoje eu o tenho
às vezes seu beijo, aqui comigo

Utópico?

utópico?
eu queria ver o joão tocar na Rocinha
e a furacão discotecar no municipal
espero com a minha música conseguir ambos


Ps. joão Gilberto e Furacão 2000

terça-feira, outubro 12, 2010

sombra

cansado das pessoas
declaro aqui o que vinha relutando...
mas finalemnte veio
eu tentei, eu juro que tentei
não fazer isso de novo
mas foda-se
adeus galera a partir de agora
só a sombra de bruno
bjundas

sábado, outubro 09, 2010

aforismos 22

"ando tão sozinho, a única coisa que tem me comido de noite são os mosquitos"

-pego da internet - eu ri até porque tem um mosquito chato por esses dias aqui em casa rsrsrs

quinta-feira, outubro 07, 2010

eu ri

do kibe louco

"Gol de Val Baiano para o #Fla. Nessas horas, o advogado do Bruno, os marketeiros do Serra e os mecânicos do Rubinho se enchem de esperança."

segunda-feira, outubro 04, 2010