segunda-feira, janeiro 23, 2006

destino

o que poderia ser?
quem?
se me desfaço em qq termo novo que aparece?
se me descaso em dissonantes testemunhadas
que só me fazem ter medo de voltar e passear de novo?
quem, se quando embriagado nem consigo ver?
se tudo é enevoado
se meu traseiro pesa e me imprede de prosseguir...
e agora? o quê?
que mais querem de mim?
sobreviver, sobreviver, e tb sobreviver
se encontro paixão ela acaba em rios doces de tédio
se vivo ermo, em vão
me acabo de saudade de encostar em outro corpo que não o meu
sentir e pulsar
é isso que te prende
o que posso ser
tudo desde que eu não queira realmente...
pq se faz planos esses se extinguem na primeira hora
se grita e revolta é porque serás o assassino de tua própria sandice
serás sempre o teu algoz
terás sempre um adversário em frente ao espelho que susurra:
morram os seus sonhos
o que te apresento são escolhas com gosto de xurume e hálito de cebola
são enterros forçados e risadas que encombrem a tua ex-necessidade de vida
o calor que sai de qq um dos teus planos é temporário
e no final vc vai morrer seco.
eu não quero ser o que sou
não quero me tornar o que estou me tornando
nem seguir os passos que meu eu futuro diz pra mim quando me chama de noite:
vem, vc já sabe este caminho, olhe as falsas glórias que adquirirás,
os falsos tesouros, a aprovação de todos os sorrisos para a sua vida
e no fim eu sei, morrerei de tédio e de desgosto por tantas vontades me negadas

Nenhum comentário: