sexta-feira, abril 11, 2008

vida que passa

na minha cama tem um relógio que não anda
marca uma hora eterna faça dia faça sol
eu sei que ele não quebra
porque acabei de joga-lo ao chão

implorando pra passar o tempo
e chegarem as recompensas
pedindo sapiência
pra não ir tão sedento

ao pote,
que uma vez e outra
me foi, me foi e me foi negado
ao brinde,
que peço em nome de todos
que como eu foram massacrados

por esses desejos sem tréguas
que esquentam em noites vazias
e escurecem ou agitam
clareiam ou paralizam
as trevas cinzentas da apatia

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