sexta-feira, maio 18, 2012

Apenas um peão em seu jogo (política)

E como sempre é usada a tática de dissolver e conquistar contra a esquerda neste país.

e mais uma vez suas lideranças caem nisso.

Aqui no RJ o Marcelo Freixo tem todos os motivos pra se voltar contra o Cabral (principal força política atual do estado - excluindo a Globo, óbvio). É contra o grupo de Cabral que ele tem se batido e feito a sua carreira (milicianos e etc..)  mas...

aqui cabe uma discussão, até que ponto interesses locais devem sobrepujar os nacionais? Ou vice-versa?

Por exemplo, o PT do RJ afundou toda a esquerda por aqui pra garantir a eleição de Lula em aliança com Garotinho (irc) e desde então a esquerda do estado foi pro saco. (acabando por tabela com a carreira política de mais um fenômeno social e que um dia poderia via a ser a presidenta deste país para calar a boca de muita gente: a Benedita da Silva, mas enfim...)

A que custo?

Hoje o RJ se vê dividido entre forças políticas de direita e centro direita enquanto a esquerda está nula, nula...

valeu a pena?

Pro resto do país e humanidade sim mas pro RJ só o tempo pode dizer...

há recuperação disso?

Eu acho que sim, mas é preciso maturidade política dos agentes de esquerda daqui do Rio pra reverter este quadro.

Que o Cabral está metido nos negócios mais escusos e imundos, acho que ninguém tem dúvida desde a queda do helicóptero e isso um dia vai cobrar na conta dele, mas esse é o momento disso acontecer?

Vale a pena o Marcelo Freixo virar toda a sua munição contra (apenas) ele em um episódio tolo como o do Vacarezza? - lembremos que até agora nos áudios, o Cabral apareceu bem de longe nos negócios de Cachoeira - pelo menos em comparação com outras forças políticas do país.

Que acho que ele deva ser investigado? óbvio..

Mas se neste momento é mais importante pegar um Cabral que tem calças curtas em outros assuntos e que neste aparentemente ele só tem poucas sombras... bem, se isso é mais importante do que pegarmos e irmos atrás de quem de fato, manda e desmanda neste país

e que ultimamente tem servido apenas para atrasar a reforma e revolução social que queremos (nós de esquerda e humanistas - por filosofia) empregar por aqui?

é apenas questão de tática... primeiros vamos pegar os inimigos e depois vamos atropelar os semi-aliados, ou aliados "receosos"...

Ainda mais quando eu vejo um PSOL da vida aparecer nos meios midiáticos repercutindo a mesma lenga-lenga do pessoal de PSDB...

e aí acho burrice, porque eles se transformam em mais um peão em seu jogo...


Por isso escrevi no twitter uma série de coments que vou colar aqui embaixo e aproveito para colocar também uma música do Bob Dylan pra esquerda pensar...


"Quanto mais o Marcelo Freixo se mobiliza para jogar no colo da CPI o Cabral, (sem q tenha feito esforço algum ou menor sobre a Veja ou outros)...


e sem perceber que isso é jogo de fumaça por parte da oligarquias midiáticas pra confundir e pautar a CPI, mais ele vai perdendo meu voto

essa esquerda buldogue que atira nos vizinhos e se esquece contra o q lutamos.


O cabral vai ser indiciado, qq dia ele cai, esse é o momento da Veja e afins. nunca esteve tão palpável "


Por isso chamo a esquerda a razão, assistam os jornais de logo mais e vejam se vocês querem que esse acinte continue na nossa democracia.

A mídia ri e sapateia em cima dos cadáveres que ousaram discutí-la, que tiveram a petulância de questioná-la. Até quando?









Only A Pawn In Their Game

A bullet from the back of a bush
took Medgar Evers' blood
A finger fired the trigger to his name.
A handle hid out in the dark
A hand set the spark
Two eyes took the aim
Behind a man's brain
But he can't be blamed
He's only a pawn in their game

A South politician preaches to the poor white man
"You got more than the blacks, don't complain
You're better than them,
you been born with white skin," they explain
And the Negro's name
Is used it is plain
For the politician's gain
As he rises to fame
And the poor white remains
On the caboose of the train
But it ain't him to blame
He's only a pawn in their game

The deputy, sheriffs, the soldiers
The governors get paid
And the marshals and cops get the same
But the poor white man's used
In the hands of them all like a tool
He's taught in his school
From the start by the rule
That the laws are with him
To protect his white skin
To keep up his hate
So he never thinks straight
'Bout the shape that he's in
But it ain't him to blame
He's only a pawn in their game

From the poverty shacks
He looks from the cracks to the tracks
And the hoof beats pound in his brain
And he's taught how to walk in a pack
Shoot in the back
With his fist in a clinch
To hang and to lynch
To hide 'neath the hood
To kill with no pain
Like a dog on a chain
He ain't got no name
But it ain't him to blame
He's only a pawn in their game

Today, Medgar Evers was buried
From the bullet he caught
They lowered him down as a king
But when the shadowy sun sets on the one
That fired the gun
He'll see by his grave
On the stone that remains
Carved next to his name
His epitaph plain:
Only a pawn in their game

APENAS UM PEÃO EM SEU JOGO:

Uma bala por detrás dos arbustos
tirou o sangue de Medgar Evers
Um dedo puxou o gatilho a seu nome
Um encosto escondeu no escuro
Uma mão deu a faísca
Dois olhos fizeram mira
Atrás, o cérebro de um homem
Mas ele não pode ser culpado
Ele é apenas um peão em seu jogo

Um político do sul prega para o pobre homem branco
"Você tem mais do que os negros, não reclame
Você é melhor do que eles,
você nasceu com pele branca." ele explicou
E o nome Negro
É usado obviamente
Para o lucro do político
Enquanto ele sobe em fama
E o pobre branco permanece
No vagão do trem
Mas não é ele a se culpar
Ele é apenas um peão em seu jogo

O deputado, o xerife, os soldados
Os governadores são pagos
E os delegados e policiais recebem o mesmo
Mas o pobre homem branco é usado
Nas mãos de todos estes como uma ferramenta
Ele está preso em sua educação
Desde o inicio pela regra
Que a lei está com ele
Para proteger sua pele branca
Manter o seu ódio
Para que nunca pense direito
No estado que ele está
Mas não é ele a culpar
Ele é apenas um peão em seu jogo

Dos barracos da pobreza
Ele enxerga pelas frestas os trilhos
E a batida das patas ecoam na sua mente
E ele é ensinado como andar em grupo
Atirar pelas costas
Com seu punho cerrado
Enforcar em um linchamento
Se esconder atrás de uma capa
Matar sem dó
Como um cachorro na corrente
Ele não tem nome
Mas ele não é de se culpar
Ele é apenas um peão em seu jogo

Hoje Medgar Evars foi enterrado
Pela bala que o pegou
Eles o abaixaram como um rei
Mas quando as sombras do sol que se põem sobre aquele
Que atirou a pistola
Ele verá sua cova
Na pedra que permanece
Talhado ao lado de seu nome
O epitáfio explicando:
Apenas um peão em seu jogo

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