eu sento em sua borda e faço do vento meu ninho
abismo, abismo
me embala os sonos, tocando distante os sinos
são anjos com seus banjos
andam em bandos a cantar a boa nova
mais um que chegou
voou do céu até aqui
estamos comemorando a vitória das pipocas doces
sobre o innverno
como trapezistas driblando o inferno
é inevitável baby
sorrir de seu próprio tombo
sentado sobre meu canivete
fazendo volume no bolso
abrindo a calça quando sento sem conforto
o poeta já diria:
tudo muda e permanece
tudo morre e fica
são três da manhã
e não tenho mais lágrimas
só um vazio
a boca seca
e sentado espero pelo dia de amanhã
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