terça-feira, julho 27, 2010

aforismos 21

uma conhecida de infância, mesma idade que eu, morreu de câncer ne membrana que envolve o coração...

Deus às vezes apela!!!!!

sexta-feira, julho 16, 2010

um pouco de mim

eu continuo aqui
a minha alma
um pouco gypsy
um pouco parada

eu continuo aqui
a minha alma
um pouco gypsy
e assustada

mais sobre mim?
hoje eu fiz a barba...

quinta-feira, julho 15, 2010

galeria old but gold "não me expulse"

Por que você não está comigo?
Por que eu não estou contigo?
Por que você está sorrindo?
Por que eu não estou (mais) vivendo?

já tentei saber
mas o ciclo vem e volta
e eu não consigo te esquecer
todos sabem o quanto busco...
parar de lembrar aquela tarde
em que ficamos juntos

sempre me pergunto se há alguma chance
eu não sei, talvez tentar sair dessa
seja a melhor solução para a gente
mesmo que não seja cem por cento
só falta saber se não é melhor sacrificar
o animal agonizante?



... uma pequena celebração pessoal, publico esse que escrevi em meados de 96... é bom ver que o sujeito sempre quis perder as amarras na escrita, se desmanchar enquanto escreve pra depois se remontar quando lesse.. sempre foi assim, esse processo dolorido de se reconstituir por fatos..., tirar as coisas ruins e seguir adiante...

enfim, sigamos...

segunda-feira, julho 12, 2010

sem/con(vicção)... temerário

hoje faz uma semana do acontecido
quando mais uma vez a vida
vem me questionar das minhas convicções
me transformar num cordeiro arrependido
de sequer ousar tê-las
me sinto um garoto repreendido
pelas píores maneiras
sentado com a cabeça no colo
chorando baixinho desamparado
não é manha
é não saber o que fiz de errado
ou me questionar a cada ato
qual o preço de mais esse episódio?
não sei ao certo
se vou virar outro ser
ou permanecer mais centrado
sei que doeu, dói
a analogia é ser castrado
me tornei um homem com medo
temerário
com um único tema:
devo ou não lutar contra
a mediocridade
que insite em bater ba minha porta?
ser mais um,
me contentar só com isso?

quarta-feira, julho 07, 2010

olheiras

olheiras, vocês tem nome e sobrenome
me acompanham em vida
como amigas dessas horas
vocês sussurram no meu ouvido
toda vez que vou ao espelho
- Lamentamos o ocorrido.
eu também queridas olheiras
eu também
e vejam só
se não é a prima distante de vocês
que está por se mostrar presente
dor nas costas
bemvinda à minha vida
já quanto tempo não apareces por aqui
mas eu sei, foram te chamar
te convidaram em tão vil ato
mas querida, por favor
não me deixe acamado
pois é lá que vou ficar
dessa vez sem forças pra reagir
dessa vez, eu digo:
- chega dessa porra!
mas pra quê tanto esforço?
se iria acabar assim?
melhor avacalhar logo tudo
a começar comigo mesmo
mas sabe como dói?
queridas olheiras?

...
...
...
- Bom dia tia
- Você não vai trabalhar hoje não?
- Não, eu fui demitido...
- Então, arrume um novo emprego que homem parado em casa...

bem diante disso, nada mais a dizer.... olheiras minhas amigas

terça-feira, julho 06, 2010

um homem injustiçado

um homem injustiçado
ele busca limpar seu nome
tem sede de justiça
mas também quer ver sangue
um homem injustiçado
trilha seu caminho
pra limpar sua alma
no sangue dos inimigos
deus deita mas não dorme
em breve, eles saberão do que estás falando
um homem injustiçado
deita com os olhos semi abertos
é difícil acreditar em viva alma depois disso
um homem injustiçado arma planos e planos
se deita e não dorme pensando nisso
é sede, é fome, é ânsia
são trovões no seu peito
são terremotos, o seu movimento
quando ele decide agir
saia de seu caminho
nada pode interfirir
entre um homem injustiçado
e sua saciedade
ele ouve o bater de seu coração
em compasso de espera
o dia vai chegar
quando fará pagar
aqueles que o desonraram
mas por enquanto o homem injustiçado
só vaga, palavras raivosas
sente o baque
e espera amaciar o choque
que é tanta cólera
é tanto chão
é tanta energia
tudo em vão
ele queria apenas olhar pra outro lado
seguir adiante com sua vida
mas seu pé foi quebrado
como seguir andando sem buscar pena
aos opressores
sem buscar chuva
que apague esse incêndio
de rancor e ódio
eu jurei inocência
e não acreditaram
mais um homem injustiçado

sábado, julho 03, 2010

ridículo

eu sou um ridículo incurável
pego sacolas de supermecado
e tento soltar pipa
empino, me empenho
vejo beleza no ato
tentar envergar o indomável
amanciar os mares
abraçar causas perdidas
ver nas pessoas bondade
quando não há
quando é só fagulha de um Deus
que já viveu ali
mas foram outros tempos
e esse se mandou faz ...

amanhã

amanhã temos barbas pra coçar
sócrates, o feio, vai discursar
sobre amores perdidos
tempos idos
e belezas nunca antes vistas
ou sequer experimentadas

amanhã é dia das crianças sorrirem
ao reverem seus parentes felizes
num tear com muitas cordas
penduram-se pelas bordas emaranhadas
e seguem lindas
e agraciadas

amanã é dia de verdades
sonhos de realidades
um pensar mais físico
um saudável mais tísico
em muitas vidas
cheias de alegria
e ralmente tocadas

amanhã. vai chegar
como todos os outros amanhãs
amanhã, certeza que há
amanhã

sexta-feira, julho 02, 2010

waiting

esperando por um trem
que me leve daqui
que me deixe a meio pau do chão
eu quero assim
que não olhe mais pra trás
que seja rápido, numa colisão
assim pretendo morrer
assim gostaria de dormir
mas isso e só um desejo
de tantos e tantos que não se cumprem
um almoço, um beijo
vitórias
derrotas
lições
hoje um amor foi mordido por um bicho
que envenena aos poucos
sobe pelas costas
progressivamente
começa como curiosa
e termina desolada
uma fuga
um brinde
vejo corpos na estrada
vejo seres me visitando
de noite
note isso:
eu não sou um vampiro
mas morro e desmorro
hoje eu li
numa grade de esperanças
jesus maior dos super-heróis
cada estupidez que o mundo
te obriga a conviver...
humpf,
enfim,
venha trem
venha logo
e me leve à Alagoas
a nado