sexta-feira, novembro 12, 2010

(eu ou ex)scroque

caro, declaro vitória sobre a máquina
numa falácia de anjos caidos
ceifadores da razão
são só achistes de um vagabundo sem noção
HÁ GARRAFAS JOGADAS AOS MONTES
nesse oceano desértico de almas
o que é sujo recebe um passo
e degrau contra o marasmo
cara amada dessa manhã
rica, de quem gosto, de antes da tarde
face que não odeio após madrugada
são sinônimos,
de três eles construiram pirâmides
e a deusa matemática os abençoou
aos cantos 45 graus
aos berros nas Naus
que procuravam no Nilo o mesmo que eu
conforto e comapnhia
nessa noite chuvosa nada alivia
só trabalho e cabeça espinhosa
fogo das ventas
mas caminhem, homens
já estão manchados mesmo seus aventais
elas que nos guiam e nos mandam
perdeu playboy
perdi Deus
me perdi em sonhos meus
e luto cada dia por um sinal
sair dessa repulsa
sair e respirar dessa água fétida
que eu não sou peixe
no máximo boto
no máximo eu boto
meu sorriso à venda
mas quem quer comprar?
é um luxo de decoração
um pobre estatelado na parede
das grandes prateleiras suspensas e cheias
os principais colecionadores olham pra mim e dizem:
- qualquer bebê faz essa arte!
...
...
...
penso,
mas não morre essa vontade
de desacurtinar um fio
de terminar de contar
os anos que faltam
pr´eu me virar
sem terremotos e ilusões
comecei bem,
meu gosto
por menos problemas
mas se adiante homem
cala esse coração
e volta ao trabalho
que só isso pra dar razão
a um ser tão falho

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