minha vontade
chega às vezes
na altura do meu tornozelo
é tanta sandice
desses porcos humanos
correr pra quê?
pra onde?
pelo quê?
as paixões emburrecem as pessoas
mas não é possível viver
neste estado normal de coisas
crianças desabrigadas
na altura da noite
por porcos fardados
em nome da Justiça
essa dama pútrida
essa fama reta
esses choros que não saem
mais da minha cabeça
são quatro da manhã
eu quero dormir
mas não paro de chorar
aquelas pessoas
aquela violência
aquele cinismo de governantes
tudo montado nos holofotes
de um imprensa feita pra bater palma pra palhaço
eu queria ser Napalm
e destruir suas mansões
sumir com os corpos chacinados
e sentar numa cadeira confortável
esperando receber uma medalha de honra
pelo serviço prestado
Aquelas almas
todas pobres almas
espalhadas ao relento
filhas de um Brasil antigo
essa porra de país
que queremos enterrar
mas volta e meia há
esqueletos no armário...
olha aqui Seu Geraldo
Opus Dei é o caralho
você é da Bancos Dei
que eu sei
espero um dia te ver sofrendo
você e todos que poderiam evitar isso...
eu?
eu não durmo mesmo
cedo ou tarde
meu corpo pede a conta
dessas noites sem descanso...
a não ser que passem antes
por mim e me levem
por bem ou por mal
essa velha política
de higienização social...
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