sexta-feira, novembro 18, 2005

dai-me paciência ó deus

bem, domingo agora é niver do meu progênitor, esta é a palavra mais adequada, pois representa melhor o que sinto por ele, em suma ele foi o cara que fudeu a minha mãe, nesses termos e só isso.

graças às convenções sociais (que muitas vezes serão citadas e criticadas aqui)eu vou "comemorar" seu niver, ainda mais agora que estou oficialmente dentro das estatísticas dos desempregados e dependo do dinheiro que ganho em troca a uma visita mensal à sua casa que sou obrigado a fazer. em troca deste mensalinho, hehe

pode-se achar que sou daqueles filhos ingratos mas meu relacionamento com ele sempre mui distantte e frio, sinceramente nunca entendi o meu pai.

muito pelo contrário, decididamemente desde criança passei a me comportar diretamente na direção oposta de tudo que ele fazia. especialmente nas suas filosofias em relação às mulheres e aos amigos.

desde criança noto em meu pai traços comportamentais de alguém desesperado e errante (no sentido de errar mesmo, embora ele tenha vagado mui por aí). a forma como ele tratava as suas mulheres, tão castradora que eu sempre me sentia envergonhado por elas, não deixava que lavassem meu copo, que me dessem todas as regalias que faziam ao meu pai.

sempre achei mui deprimente a vida das mulheres que acompanhavam meu pai sempre que eu o visitava. veja, meus pais se separaram um pouco depois que eu nasci,eu não me lembro deles juntos. e sempre que eu o visitava eu passava um final de semana na casa da "nova mulher" do meu pai, isto pq sempre ele as trocava, isto não é desespero?

pois bem, estopu aflito que domingo vai ter mais uma sessão desse sofrimento e pior, agora que ele está com uma puta depressão está que de vez em quando, solta alguns comentários sarcásticos e chantageosos

dai-me paciência ó deus, pra aguentar estas horas de sofrimento

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