eu sou uma folha
arrancada do caderno
colada na parede
ligada ao concreto
forçada longe do meu ninho
da minha casa
e dos meus
sinto subir cólera
da situação que vivo
e abafo num bilhete de saudades-suicídio
que entrego em mãos tão calejadas
e enrugadas como as minhas
por seguirem nesta estrada
nessa avenida solidão
e suas quebradas
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