eu quero ir pra casa
além da ponte
depois daquela avenida
onde me esperam quem amei em vida
meus sonhos concretizados
e a felicidade
outro dia no precipicio
fiquei a um degrau de meus amados
ontem por sorte
senti calafrios
de dedos frios em minha nuca
no entardescer da minha juventude
ainda há espaço pro medo
eu me apego ao espaço
que meu corpo preenche
e quase me solto disso
falem comigo numa forma
que eu entenda
poxa, é tão difícil descer sem as mãos
é difícil respirar...
hoje é mais um dia
hoje é mais um dia
voto que isso seja verdade
senão,
seria apenas despedida
não seria?
olho pras costas das mnhas mãos
dizendo adeus pra mim mesmo
e penso:
que sonho esquisito
viver se martirizando
que coisa sem pé
que artigo sem título
que mundo é esse?
que pessoa é essa?
o que faz de mim
ter tanto medo de partir
dessa cama e apenas ir
caminhar por aí?
sei lá,
só sei que não tem jeito
eu vou...
ciao
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