sábado, março 05, 2011

a avenida solidão, o começo

isso aqui é remédio,
uma vez me vi cercado por solidão
vendido no prego
sem amigos e compaixão

olhei pra longe
e só vi o horizonte

uma rua sem fim,
mas ainda
não totalmente construída
chamei de avenida

e com meus cimentos
papel e caneta
quis pichar nas paredes
e muretas
aqui há alguém
existe outro alguém?

mas nada me respondeu na avenida
o que eu esperava, brotar vida?

solidão não se explica
só se fica

pelo menos em auto indulgência
eu acho meus rasbiscos

bons passatempos
meus companheiros, quase amigos
nessa vivência deveras podre
e sem tantos abrigos
e volta e meia
as coisas acontecem
e eu me lembro disso...

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