pensando agora na força do escambo e no que implica esse conceito.. mistura de solidariedade e bagumça...
é algo que vou me aprofundar mais nos próximos dias, estou aqui só pra constar..
minha cabeça está a mil... muitas idéias, muits conceitos...
blog saudade, mas ando de trabalhos longe daqui, beijos
sexta-feira, abril 29, 2011
sexta-feira, abril 15, 2011
novo e velho amor
hoje, um pouco do inesperado construtivo
parei as milhões de coisas que tenho a fazer e me debrucei em uma tarefa
há tempos minha viola precisa de uns tratos, isso sem contar nas melhorias
sonho com as melhorias mas elas devem vir só ao longo dos anos
(colocar uma corda a mais, mudar captação, e quem sabe colocar uma ponte?)
já os ajustes precisavam há tempos...
uma limpeza (que tinha dado) e ajeitar a altura das cordas
esse último aconselha-se que se vá um Luthier
pois a possibilidade de se fazer merda com o instrumeto é alta
hoje eu decidi ignorar esse aviso
quem melhor do que eu que conheço todas aquelas curvas
pra cuidar da minha viola querida?
e fui com fé, coragem e um pouco de irresposabilidade
eu cheguei a ouvir o lamento dela de estar assim algumas vezes, empenada
não se sentia gostosa como era antigamente
justo agora que eu aprendi a conduzir de uma forma tão boa
enfim, peguei as ferramentas e a desfiz e reconstrui na minha cama
lugar sagrado do amor
para uma operação tão importante
eu suei frio
cada rangido me deixava mais tenso
eu sentia abrir suas dobras a cada investida
eu nunca tinha ido até aquele ponto com ela
deslizava meus dedos por partes nunca antes exploradas por nós dois
pedaços dela que fui desnudando com calma e preocupação
como qualquer bom amante
limpei, assoprei, mais dedos e mais mãos... e mais suor
uma maior preocupação
vai dar jeito?
começo devagar a desfazer o que não tem concerto
se for além, só uma nova sem defeito
penso comigo mesmo
sem dinheiro para erros
sem espaço para esses pensamentos
voltei ao trabalho, minha missão sagrada
consertar minha amada
após algumas idas e vindas pensei: mais que isso não dá,
não vai se sustentar
e comecei a montar de novo
vesti mina amada com aquele clima entre nós
será que mudaria alguma coisa?
será que eu continuaria a desejá-la como sempre?
mesmo se o defeito persistisse?
e persistindo, será que ela não se entregaria a outro mais habilidoso?
estávamos pensativos
cheios de apreensão
culpa e esperança
sentimentos fortes que coabitaram nossos corpos naquela hora
e pronto veio o teste final
a prova de tudo que haviamos construído juntos
ali naquela cama
eu me lavei e a toquei
dei meia volta e começamos a nos conhecer novamente
sim, ela tinha mudado
era uma viola um pouco diferente
e estava muito mais gostosa
eu não queria admitir antes
tentando me acostumar com o que me incomodava
mas agora não seria mais um esforço tocá-la como ela merece
minha eterna amante
ficou mais gostosa
mais macia
e eu apaixonado me deliciei a tarde toda...
um novo velho amor
brotava de miinhas entranhas e ia repousar
no corpo de minha amada
e suspiramos apaixonados um pelo outro novamente
rumo ao infinito...
parei as milhões de coisas que tenho a fazer e me debrucei em uma tarefa
há tempos minha viola precisa de uns tratos, isso sem contar nas melhorias
sonho com as melhorias mas elas devem vir só ao longo dos anos
(colocar uma corda a mais, mudar captação, e quem sabe colocar uma ponte?)
já os ajustes precisavam há tempos...
uma limpeza (que tinha dado) e ajeitar a altura das cordas
esse último aconselha-se que se vá um Luthier
pois a possibilidade de se fazer merda com o instrumeto é alta
hoje eu decidi ignorar esse aviso
quem melhor do que eu que conheço todas aquelas curvas
pra cuidar da minha viola querida?
e fui com fé, coragem e um pouco de irresposabilidade
eu cheguei a ouvir o lamento dela de estar assim algumas vezes, empenada
não se sentia gostosa como era antigamente
justo agora que eu aprendi a conduzir de uma forma tão boa
enfim, peguei as ferramentas e a desfiz e reconstrui na minha cama
lugar sagrado do amor
para uma operação tão importante
eu suei frio
cada rangido me deixava mais tenso
eu sentia abrir suas dobras a cada investida
eu nunca tinha ido até aquele ponto com ela
deslizava meus dedos por partes nunca antes exploradas por nós dois
pedaços dela que fui desnudando com calma e preocupação
como qualquer bom amante
limpei, assoprei, mais dedos e mais mãos... e mais suor
uma maior preocupação
vai dar jeito?
começo devagar a desfazer o que não tem concerto
se for além, só uma nova sem defeito
penso comigo mesmo
sem dinheiro para erros
sem espaço para esses pensamentos
voltei ao trabalho, minha missão sagrada
consertar minha amada
após algumas idas e vindas pensei: mais que isso não dá,
não vai se sustentar
e comecei a montar de novo
vesti mina amada com aquele clima entre nós
será que mudaria alguma coisa?
será que eu continuaria a desejá-la como sempre?
mesmo se o defeito persistisse?
e persistindo, será que ela não se entregaria a outro mais habilidoso?
estávamos pensativos
cheios de apreensão
culpa e esperança
sentimentos fortes que coabitaram nossos corpos naquela hora
e pronto veio o teste final
a prova de tudo que haviamos construído juntos
ali naquela cama
eu me lavei e a toquei
dei meia volta e começamos a nos conhecer novamente
sim, ela tinha mudado
era uma viola um pouco diferente
e estava muito mais gostosa
eu não queria admitir antes
tentando me acostumar com o que me incomodava
mas agora não seria mais um esforço tocá-la como ela merece
minha eterna amante
ficou mais gostosa
mais macia
e eu apaixonado me deliciei a tarde toda...
um novo velho amor
brotava de miinhas entranhas e ia repousar
no corpo de minha amada
e suspiramos apaixonados um pelo outro novamente
rumo ao infinito...
o monstro ao meu lado
eu o conheci às 9 ou 10 horas da noite
entre uma elevação de sono
e uma reunião de trabalho
todo sorriso, manhoso calmo e sereno
fugaz como o dia que nascemos em nossas memórias
eu o conheci, eu fui até ele
eu só buscava um canto em que sentar
ele queria um beco pra passar adiante seus produtos
fazia o que queria por ali
de todo o andar ele era o verdadeiro cara cheio de assunto
tinha olhos vermelhos e sorria
andava por aí
e fazia jogos de cortinas de fumaças
o chamavam com o sufixo "inho"
era mais carinho e tenro
conseguiu moldar-se em coelhinhos
amáveis, delicados e apaixonantes
.
.
.
eu nunca gostei de coelhos,
uns vizinho os tinham engaiolados
me convidaram para ir vê-los
criança ainda, fui todo fantasia
guiado pela Disney e seus bichos
eles fediam como mendigos
rangia a cela
como demônios querendo visitar a Terra
eu estabeleci contato visual com a que seria mãe de uma cria
me falaram:
essa daí já matou vários filhotes
eu saí emporcalhado de tal sina
.
.
.
ele não parava quieto
sempre tinha assuntos pra comentar
amigos iam lhe visitar
passava a noite toda em elos e paralelos
criando afetos
marcando compromissos
e criando problemas para compromissos alheios
seu jeito carioca-garoto-sedutor-
sei-tudo-do-pedaço enlouquecia
as mulheres, e as bichas
"ai que eu gamo" diziam
quando passava no corredor
trazendo a roubada comida
iamos todos às máquinas
tinhamos cada um código
tirávamos o que nao sustenta nem ração de ratos
ele, sabia todas nuances
todos os códigos
abria a porta mágica e por um instante
trazia embaixo de seus casacos
e distribua entre os outros convidados
e todos comiam
e ele sorria de seu reinado
além disso aquilo era um trocado
nosso reizinho tinha bons contatos
contrabando da melhor zona do pedaço
em sacolas de seu armário
o banheiro vivia infestado
mary juana nas veias e o aço
no concreto do prédio triste e vazio
tantos jovens sepultados
mas ele sorria
e quem vinha até ele?
nossos queridos supervisores
fazer com ele um pouco de seu negócio
ele era charmoso, lindo
mas me dava asco
eu só queria arrebentar seu braço
não eram as drogas, as mulheres ou o escárnio
ele era o espelho do monstro ao meu lado
entre uma elevação de sono
e uma reunião de trabalho
todo sorriso, manhoso calmo e sereno
fugaz como o dia que nascemos em nossas memórias
eu o conheci, eu fui até ele
eu só buscava um canto em que sentar
ele queria um beco pra passar adiante seus produtos
fazia o que queria por ali
de todo o andar ele era o verdadeiro cara cheio de assunto
tinha olhos vermelhos e sorria
andava por aí
e fazia jogos de cortinas de fumaças
o chamavam com o sufixo "inho"
era mais carinho e tenro
conseguiu moldar-se em coelhinhos
amáveis, delicados e apaixonantes
.
.
.
eu nunca gostei de coelhos,
uns vizinho os tinham engaiolados
me convidaram para ir vê-los
criança ainda, fui todo fantasia
guiado pela Disney e seus bichos
eles fediam como mendigos
rangia a cela
como demônios querendo visitar a Terra
eu estabeleci contato visual com a que seria mãe de uma cria
me falaram:
essa daí já matou vários filhotes
eu saí emporcalhado de tal sina
.
.
.
ele não parava quieto
sempre tinha assuntos pra comentar
amigos iam lhe visitar
passava a noite toda em elos e paralelos
criando afetos
marcando compromissos
e criando problemas para compromissos alheios
seu jeito carioca-garoto-sedutor-
sei-tudo-do-pedaço enlouquecia
as mulheres, e as bichas
"ai que eu gamo" diziam
quando passava no corredor
trazendo a roubada comida
iamos todos às máquinas
tinhamos cada um código
tirávamos o que nao sustenta nem ração de ratos
ele, sabia todas nuances
todos os códigos
abria a porta mágica e por um instante
trazia embaixo de seus casacos
e distribua entre os outros convidados
e todos comiam
e ele sorria de seu reinado
além disso aquilo era um trocado
nosso reizinho tinha bons contatos
contrabando da melhor zona do pedaço
em sacolas de seu armário
o banheiro vivia infestado
mary juana nas veias e o aço
no concreto do prédio triste e vazio
tantos jovens sepultados
mas ele sorria
e quem vinha até ele?
nossos queridos supervisores
fazer com ele um pouco de seu negócio
ele era charmoso, lindo
mas me dava asco
eu só queria arrebentar seu braço
não eram as drogas, as mulheres ou o escárnio
ele era o espelho do monstro ao meu lado
sábado, abril 09, 2011
Na Estrada (On the Road)
estava eu vendo uma biografia sobre o Jack Kerouac, o Rei dos Beats
e meio atônito de tanto trabalho aqui,
tanta desordem
tanto caos em meu mundo
os lencóis amarrotados
o armário denso
uma energia que me comprime
e um ou dois passageiros que me fazem mal
mas contam boas histórias em meus ouvidos
olhando daqui da janela, vejo um ponto de ônibus
e milhões de pessoas voltando para as suas casas
vão passarinhos
a noite foi feita para as mariposas
de meu quarto os feixes de luz passam
como correntes de náufragos
refletem o andar de seres desembestados
seguem nesse ritmo zumbis
meio que fazendo um anúncio para mim
o que em breve será meu destino
me silencio um pouco
se tenho tanta vida dentro
por que em críiticas me abandono?
essas que têm bocas apontadoras
cegos de todos os olhos
mas metralhadoras do julgamento
minhas mão vazias passeiam em meu corpo
eu busco consolo
busco salvação
mas as vezes, é difícil
como petróleo fazer jorrar vida de mim
eu me calo
e me fecho
tranco a porta do quarto
e nublo
talvez passasse mais anos aqui
se não fossem os sonhos
os mesmo que me pegam pelo colarinho e dizem
bruno, ai bruno
levanta dessa auto comiseração
vide... há tantos que morrem todos os dias
e você bruno,
você ainda respira
mesmo que seja ainda um ar lúgubre
mesmo que nos meus ombros estejam todas as jaquetas
que pinicam morte
me fazem coçar arrependimentos
e maldizer meus destino
há tantas dúvidas... que posso dizer sobre meus dias?
ele como eu, foi um lobo solitário
ele como eu, buscou vida em passeios
mas eu nunca me enganei
o que busco no mundo
é um lugar que possa reproduzir o que tenho de mais belo
dar importância ao que precisa
mas ele como eu
estava falido vivendo de favores e dos amigos aos 30 anos de idade...
embora depois deu no que deu,
um dos maiores escritores de uma geração
espero não morrer logo
espero morrer logo
espero...
e meio atônito de tanto trabalho aqui,
tanta desordem
tanto caos em meu mundo
os lencóis amarrotados
o armário denso
uma energia que me comprime
e um ou dois passageiros que me fazem mal
mas contam boas histórias em meus ouvidos
olhando daqui da janela, vejo um ponto de ônibus
e milhões de pessoas voltando para as suas casas
vão passarinhos
a noite foi feita para as mariposas
de meu quarto os feixes de luz passam
como correntes de náufragos
refletem o andar de seres desembestados
seguem nesse ritmo zumbis
meio que fazendo um anúncio para mim
o que em breve será meu destino
me silencio um pouco
se tenho tanta vida dentro
por que em críiticas me abandono?
essas que têm bocas apontadoras
cegos de todos os olhos
mas metralhadoras do julgamento
minhas mão vazias passeiam em meu corpo
eu busco consolo
busco salvação
mas as vezes, é difícil
como petróleo fazer jorrar vida de mim
eu me calo
e me fecho
tranco a porta do quarto
e nublo
talvez passasse mais anos aqui
se não fossem os sonhos
os mesmo que me pegam pelo colarinho e dizem
bruno, ai bruno
levanta dessa auto comiseração
vide... há tantos que morrem todos os dias
e você bruno,
você ainda respira
mesmo que seja ainda um ar lúgubre
mesmo que nos meus ombros estejam todas as jaquetas
que pinicam morte
me fazem coçar arrependimentos
e maldizer meus destino
há tantas dúvidas... que posso dizer sobre meus dias?
ele como eu, foi um lobo solitário
ele como eu, buscou vida em passeios
mas eu nunca me enganei
o que busco no mundo
é um lugar que possa reproduzir o que tenho de mais belo
dar importância ao que precisa
mas ele como eu
estava falido vivendo de favores e dos amigos aos 30 anos de idade...
embora depois deu no que deu,
um dos maiores escritores de uma geração
espero não morrer logo
espero morrer logo
espero...
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