quero entender,
no que ponho meu coração há desastre
onde aterriso meu sorriso mais sincero,
não há menino que passe
nesses corredores vazios e gélidos
ou faixa de vencedor que me enlace
só desculpas e dias sombrios
sonhos de quem vive em marte
quero viver
como quem anda despreocupado e que afaste
qualquer pensamento triste, aberto ao belo
meus passos seguissem fortes como carne
pisante ao chão e dele fazendo eco
numa roda de índios apaches
não mais extintos por serem apenas velhos
com seus brios exaltados sem infarte
por que tem de acontecer
a cada hora que passastes
enfadonho se dedicando ao ensejo
mudou outrora, tempo que gastastes
se foi embora sem te dar um beijo
ou peça que infinitamente brilhasse
pra se sentir decrépito e tê-lo-
ia ficado menos morto de praxe
mas sobrou apenas desespero
nessa vida que acabastes
de desperdiçar com o medo
de mostrar mais vida aos trastes
que passaram no seu enterro
que seja, morram figurantes
fiquemos apenas com os nossos dedos
apontados, corroidos, como antes
acusando nosso desespero
e para quem tivesse dúvida gritastes:
- Sim, é sofrimento!!!!!!!!
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