fecha essa boca em meus lábios
procuremos esse silêncio divino
e no escuro de nossos olhos cerrados
navegamos em gostosos delírios
faz arder o ex-tuberculoso
faz ter vida em concreto
faz de mim seu instrumento gostoso
nesta ação sem direito a veto
pega a minha mão nas suas coxas
flagra miha respiração no seu ouvido
é quente, o desejo dessas coisas
que faz sentir como castigo
eu paro e olho de relance
seu último espasmo
sigamos adiante
a noite está em nosso encalço
você diz gostar de meus dedos
eu digo a você, sabes pra que foram feitos
você me faz tremer de tanto desejo
e eu fúria te pego em meus anseios
estamos ainda de pé nesse sonho
as roupas quase possuídas
arfas como um touro
a resistência destruída
eu sigo quilômetro a quilômetro
nestas terras a tanto tempo queridas
galgo tijolo a tijolo
meu bem querer em vida
e a fortuna dos homens sábios
não se mede em peso, ou papéis
está na cara de desprezo plácido
quando a morte chega em seus pés
pois eu tenho a mais pura certeza
que em cada beijo suculento e novo
que plantas em minha fortaleza
me faz feliz, por assim, morrer mais um pouco
Um comentário:
ummm...foda como sempre!
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