As melhores pessoas que conheci nesta vida eram geralmente mulheres. Mas dentre as piores, também. As melhores sensações que tive foi com e por causa delas, as piores também...
É assim, nem vou enaltecer cegamente, nem vou cuspir friamente no prato que comi. As mulheres são uma constatação: elas existem, tanto para o bem, como para o mal. Não nego que minhas maiores amizades foram com elas, os momentos mais verdadeiros... mas houve horas que essa diferença no mundo me incomodava (e isso não as culpo). Esse espaço que hora querem que vejamos que não existe e hora querem que nós vejamos... esse silêncio que há entre ser Homem e ser Mulher.
Sim, há peculariedades de cada sexo, de cada forma... mas ela não é determinante. As pessoas tanto podem sobrepujar como se tornarem escravas de uma determinação genética, histórica e/ou social (acredito piamente nisso). Há mulheres que não tem a menor vocação à maternidade e há homens que cuidariam sozinhos de um orfanato com o pé nas costas, por exemplo.
Acho que o que mais me aproxima (enquanto ser humano) das mulheres dessa geração que convivo é uma certa constante queixa contrária ao que esperam de mim. Tanto comportamentalmente, quanto pelos meus pensamentos... a patrulha ideológica que sempre me irritou e me julgou desde criança, as aspirações das pessoas sobre mim, sobre meu modo de fazer minhas coisas. Isso sempre me irritou bastante e consigo detectar na maioria das mulheres essa mesma angústia (não exclusiva delas, portanto).
Em compensação acho que o que mais me afasta delas (mais uma vez , existem peculiaridades à tudo neste mundo e a partir de agora deve-se subtender isso em cada afirmação que eu fizer aqui ok?) é uma tendência a seguir esses mesmos comportamentos exigidos a que me referi aqui em cima. As mulheres conseguem ao mesmo tempo se irritarem com essa ação sobre elas, mas aconselham às suas amigas, irmãs, filhas... outras mulheres, enfim; a agir como manda a etiqueta. Elas reproduzem num pulo a mesma situação que estavam sendo oprimidas, se tornando de um minuto ao outro em opressoras também.
Acho que um novo ato do movimento feminino deveria ser (hoje em dia), a busca do perdão e da valorização da feminilidade (tão esquecida, ao ponto de travestis se parecerem mais com as mulheres do que as mesmas rsrsrs, é só uma piada please). O perdão das mulheres pelas próprias mulheres. De seu jeito, de sua forma, suas particularidades (digo de qq mulher assim como de qq homem, em suma particularidades dee qq humano).
Hoje em dia, as maiores vilãs das mulheres são elas mesmas, são elas que determinam que padrão estético precisa ser seguido (os homens tem uma VASTA gama de padrões de beleza femininos que cabem tanto mulheres como a Sabrina Sato, Ana Paula Padrão, Leandra Leal, dançarina do créu, Patrícia Pillar, Mariana Ximenez, Tais Araujo, Malú Mader... e por aí vai..)
Não se pode dizer que essas mulheres tem em comum uma uniformidade... e só citei conhecidas para me fazer entender, há mulheres gordas, altas, magras, baixas que os homens,( desculpem a linguagem mas é assim q eles se expressam), "comem numa boa" e se divertindo horrores - então vamos parar com essa burrice de falar que padrão estético é uma necesidade masculina? Quando na verdade, são as mulheres que ficam se mirando e competindo umas com as outras... enquanto os homens adoram e abraçam a diversidade estética delas.
Digo, homens de verdade, não aqueles enrustidos em torturadores que gostam de ver as mulheres sofrendo em vestidos apertados, sapatos escaldantes, saias q não cabem. Homem que é homem gosta de mulher do jeito que vier, nestes casos importa muito mais disposição do que estética... as mulheres não entendem que os homens querem mais atitude do que uma Sandy virgem que não deve nem saber chupar um pau direito (se é que gosta de fazer isso?) e vomita logo depois.
Infelizmente a maioria esmagadora das mulheres é quase unânime em achar que os homens são isso e as mulheres são aquilo... já os homens geralmente se associam e não dão tiro no próprio pé (mesmo quando merecem rsrsrs). Aprendemos a lavar roupa suja bem longe de vocês, isso quando o fazemos (sim, somos sujos).
Hoje eu tenho um dilema, nunca me senti bem estando com homens como quando estou com mulheres. mas ao mesmo tempo tenho um ressentimento de tudo que elas me fizeram passar. Há algum tempo atrás eu realmente quis ser homossexual e só me relacionar com os homens ou não me relacionar de jeito nenhum com ninguém. Porque as mulheres estão menos preparadas ainda do que acham pra encarar um homem moderno como eu...
Confesso que não tenho muita paciência para a briga e confusão paradoxal que geram os pensamentos como: "homem tem q ter pegada" versus "mulheres estupradas"; e "quero é usar mesmo" versus "ai meu deus, ele está saindo com outra". Esses eternos dilemas que especialmente as mulheres conseguem defender e sentir ao mesmo tempo... vejam, uma mulher é capaz de dizer que homem tem que ter pegada, mas condena os homens que as beijam por aí afora contra a sua vontade (eu não estou defendendo esses canalhas aqui, o que digo é que as próprias mulheres em seu discurso nem percebem que muitas vezes estimulam esses idiotas-Flinstones esquecidos pelo Darwin).
Também me parece que muito do comportamento feminino vem ainda de um revanchismo histórico ao papel de vítima que as mulheres e boa parte dos homens adoram colocar sobre elas. Quando começou o amor romântico a mulher era a flor, deveria ser criada uma redoma e cuidar da sua fragilidade... alguns chamaram isso de prisão também. Algumas mulheres ainda não entenderam um amor heterossexual que não acometa desta mesmas imagens: o cavaleiro e a princesa. Quando somos todos apenas humanos sem papel pré-definido (sim os homens tb não sabem se relacionar sem ser desta forma, mas deles eu ja desisti há mui tempo, estou falando é com vcs rsrsrs).
E aí, as mulheres num frenesi de terem os "mesmos direitos" partem pro EXTREMO OPOSTO: a idéia é de que se você não ama, você usa a outra pessoa... Crianças, há tantas formas diferentes de amor, de tipos de relação, como tem de pessoas no mundo e ponto... vamos criar cada um, aquela que mais lhe cabe e foda-se o conselho de comportamento social (eu queria tanto queimar as redações de revistas como capricho e etc... que ajudam a colar essa idéia de mono-amor em vossas cabeças).
Gênero XX: tô fora. era assim que iria se chamar esse post, e ele seria provocativo e engraçadinho, mas agora virou um desabafo, pois realmente gostaria que houvesse menos essa história de mulheres aqui e homens ali, somos todos diferentes enquanto pessoas e ponto! Nem homens, nem mulheres são, a princípio, culpados ou mais inocentes por nada... ou deveriam se comportar de uma maneira tal ou outra...
Pra resumir bastante: não somos todos a mesma, mas somos todos da mesma merda!!!
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