andando monarquicamente neste recinto ogro velho e macabro
cuspindo dizeres a favor de loucos putrefados
não há esperança para nós não querem neste bolo outro confeito
fomos descartados a ordem é evitar conflitos
mas a rajada é de palavras e elas vivem de suas próprias pernas
voam como borboletas lindas inspiradoras: ex-larvas
do que foi dantesco, do que foi caótico
do que se propôs, até que não sobrou tanto ódio
os anos passam e nós continuamos, tragédias atrás de tragédias
mas veja no fim do túnel: continuam nascendo humanos
neste vidro quebrado, nestas horas tristes
o que escancaramos sempre são olhos sorrindo
gritos vem e vão e são importantes
mas ninguém consegue registrar nossa maior façanha
AMAR O IMPERFEITO
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