segunda-feira, dezembro 18, 2006

à lá nós

andando monarquicamente neste recinto ogro velho e macabro
cuspindo dizeres a favor de loucos putrefados

não há esperança para nós não querem neste bolo outro confeito
fomos descartados a ordem é evitar conflitos

mas a rajada é de palavras e elas vivem de suas próprias pernas
voam como borboletas lindas inspiradoras: ex-larvas

do que foi dantesco, do que foi caótico
do que se propôs, até que não sobrou tanto ódio

os anos passam e nós continuamos, tragédias atrás de tragédias
mas veja no fim do túnel: continuam nascendo humanos

neste vidro quebrado, nestas horas tristes
o que escancaramos sempre são olhos sorrindo

gritos vem e vão e são importantes
mas ninguém consegue registrar nossa maior façanha
AMAR O IMPERFEITO

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