amadureceu e ficou louco
as buchechas aumentaram
as costas curvaram
e o que escreveu foi pouco
ao poeta maior
vizinho de sonhos
ao poeta-mor
não vou ao seu velório
pois é aqui que choro por ti
quando o fogo te abraçou
e fostes puxado para o palco
contra a sua vontade
e de lá cantou assim
para quem quisesse ouvir:
"a noite cai, os passos findam
e eu deito
ai, que terra doce
que cama aconchegante
essa cama de terra molhada"
das trevas acompanhando sua voz
desceram lágrimas
elas se encontraram junto aos seus
e no nosso adeus
você ainda foi de afeto
ainda foi de sorriso
"- Adeus, Bruninho!"
Um comentário:
Uma lágrima e um desejo: tomara que eu vá antes! E te dê um abraço quando você chegar...
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