domingo, julho 08, 2007

o nome de DEUS e como me sinto (sem parênteses)

Eu (porque todos os poemas, começam com sujeito? E pior, geralmente o sujeito em primeira pessoa. Os poetas não percebem que já falando do mundo estão falando deles mesmos? Que ninguém consegue de toda maneira burlar as regras da opinião na hora de escrever? Não sabem que a cada assunto, termo, expressão, estão dizendo apenasda própria pessoa? Estou convencido que eles na verdade são muito egocêntricos, não percebem que são escravos da sua vaidade. seu orgulho é o) amo (que os obriga a repetirem como papagaios: eu, eu e eu. Taí, boa parte dos escritos seguem essa linha narcisística, quem pode me pessuadir de achar isso lendo a república do platão... ele só queria que os filósofos comandassem os outros, só isso. Toda a nossa base de raciocínio é inspirada nisso, no ego, no próprio. Talvez por isso, tenhamos chegado até aqui neste caos, em que cada um limpa sua própria bunda e dá a si mesmo os melhores presentes. Acabamos o fim do dia pensando que estamos solitários demais. deveríamos pensar mais no outro. Aquela velha pergunta que todos conhecem, se) você ( já fez algo por alguém hoje? Bastaria, na verdade sairmos um pouco do pedestal que colocamos a nós mesmos e vermos que somos um apenas mais um punhadinho pra entrar nesta sacola de grãos. Que nada se realizará senão for demasiadamete frutífero para todos ou para mais gente que apenas um. O único é solitário, é enfadonho, é mono. Em vez disso deveríamos tentar o múltiplo, loquaz, o poli, o vasto. E a medida que as coisas deveriam ter seria apenas a medida do coletivo, do bem maior a todos. como se escreve Deus diante disso tudo? de várias maneiras e de todas elas, essa é a minha resposta final)

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