Ando apaixonado por dois homens! E velhos! Keith Richards e Jards Macalé. Sobre o segundo, só num país com tantos gênios esse homem pode andar na rua impunemente com vestes de normal.
Acho mui loquaz e cheio de significados profundos que me tocam e arrepiam a alma, quando eu vejo o Macalé tocando seu violãozinho com cerca de 70 anos na cabeça, no meio da ocupação do Canecão e toda a juventude cantando todas as músicas...
Essa mesma juventude que adota o Transa como o melhor do Caetano, sendo que as gerações passadas nem ouviram direito este LP (e tinha o Jards na banda e arranjos, pode ouvir e sacar como a sonoridade é parecida com o LP "Jards Macalé" e todas as questões que fazem os contemporâneos gostarem de um, tanto quando do outro).
Essa música misturada e moderna, viva, cheia de mudanças de ritmos, re-afirmativa e re-inaugurativa de um estilo: brasileiro.
Essas músicas que (algumas ) mesmo em inglês só cabem na identificação de MPB. por exemplo:
Num momento que estou reunindo coragem para compor minhas músicas para um novo Cd é ótimo entrar em contato com essas coisas...
No programa do Provocador Abujamra peguntado sobre as razões da música antigamente ser melhor que a atual ele responde:
"A inventividade, o descompromisso em ter de fazer sucesso...
não o sucesso obrigatório, mas primeiro a invenção, a aventura da invenção"
Jards, gênio...
Essa é foda!
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