segunda-feira, fevereiro 20, 2006

minha

minha,
meu símbolo encarnado
do meu sentimento de posse
meu ser reproduzido
eu que não tinha nem a mim mesmo
agora lhe possuo
.
.
.
seria,
um timbre pintado
do meu brasão forte
meu instinto
e o que não era nem um desejo
hoje lhe construo
.
.
.
uma vida,
um espírito ingrato
de meu nome
meus traços seguidos
e o que começou com um beijo
seguiu sem rumo
.
.
.
uma trilha,
um caminho cruzado
e uma sorte
meu orgulho ferido
de seu destempero
agora um recuo
.
.
.
uma vida,
um ser findado
em um corte
o que era meu filho
seguiu sem freio
e agora é só um murmúrio

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