O renascimento pela cultura
Tema importante, abordado por Fernando Barros e Silva em sua coluna, na página 2 da Folha: a questão da cultura e da política (clique aqui).
Fala do questionamento de Caetano à estética dos anos 70; depois, ao internacionalismo dos anos 90. Mostra a cultura, hoje em dia, como a reboque das verbas culturais de banco.
Ainda não chegou ao cerne da questão, mas está próximo. Nos anos 20, a grande reação contra o modelo vigente (de globalização provinciana, como o dos anos 90) se deu através da cultura.
Os filhos da elite descobriram a rica cultural e fizeram a assimilação para a cultura erudita, através de Villa-Lobos, Mário de Andrade, os regionalistas dos anos 30. As novas formas tecnológicas permitiram a eclosão da moderna cultura urbana carioca.
Esses dois fatores foram essenciais para a recuperação da auto-estima brasileira e a construção de um projeto nacional, especialmente depois que a crise fechou as portas do capital fácil especulativo.
O artigo do Fernando mostra como se está tateando para a definição desse novo tempo do jogo. Sugiro a ele – que tem boa capacidade de desenvolver idéias mais intelectualizadas – para analisar futuramente o impacto das novas tecnologias no renascimento da produção regional.
O projeto “Novos Rumos”, do Itaú pode ser uma boa amostra.
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