sábado, junho 24, 2006

lixo orgânico

"Nunca mais vou sonhar, você tinha decidido. não vou mais me expor ao sofrimento. Mas então seu time desempatou, ou então você viu um filme, um anúncio publicitário mostrando Arruba banhada na luz alaranjada do crepúsculo, ou então uma moça que tem mais que uma semelhança vaga com outra com quem você teve um caso no colégio - uma mulher a quem você amou e perdeu - dançando lá no alto, à sua frente, com os olhos brilhantes, e você dissera: 'foda-se, vamos sonhar mais uma vez'"
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Sempre foi assim a vida toda, reclamão e isolado, se prende na caverna e reclama solidão, continua fazendo isso, fazendo e fazendo. Sou bobo, tolo e infantil. Gosto de saber o quanto as pessoas me amam e não tenho coragem de perguntar para elas cara a cara. eu sou um monstro. Hoje passei o dia sozinho, quer dizer, quase... fitei-me no espelho o dia todo. DEUS, eu sou um monstro - primeira conclusão!
A segunda, preciso de uma limpeza de pele,
E terceira, estou só...narciso que não se gosta, já viu isso? Apaixonado pela mediocridade que sou eu. cético o suficiente para não ser enganado até pela paixão que cega, que tira o firmamento. Ela é feliz, eu não quero estragar essa moldura. E por que eu o faria? Porque sou ruim e carrego um mal em mim. Eu sou como um aidético transando sem camisinha, passando meu vírus a quem me toca. Todos ficam infelizes do meu lado, sem exceção. Eu sou um lixo. Um dia me junto aos meus, juro!

entre aspas, retirado de sobre meninos e lobos pg. 68

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