não quero sair de casa nunca mais
quero quebrar todos os espelhos
quero esquecer de minha forma
quero esquecer de mim mesmo
a luz tem de estar apagada
pra eu não avistar nem sombra
desse troço saído da minha mãe
desse encosto sem alma
vê, eu te injuriei
eu te incomodei com meu carinho
isso é vergonhoso
eu sou uma erva-daninha
não quero sair debaixo da coberta
nem quero mãos passando pelo meu corpo
queria esquecer como fui fulgáz
como fui tolo
e meu último ato foi dos mais tristes
agora tens na estante um troféu
de um alucinado
de um ser deprimente
me esquece que eu
se pudesse também me esqueceria
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