precisava falar sabe?
Precisava encher bêbado de palavra o meu soluço noturno
Me perder em passeios românticos
As constelações entrando em sua barraca
O verso livre e a cabeça pesada
Sentindo entrar o estado vegetativo
Que paralisa suas respirações vazias
O meu coração é cheio de ódio
E o meu pulmão é uma desgraça
Tusso o mundo que sou obrigado a engolir
O filho que devo acolher entre as minhas pernas
Que não pari, que ninguém pariu
E todos lavam suas mãos
Sobre o sangue do profeta
Que palavrão este último
é tanto que mereço um castigo
Mas hoje me dou um tempo
Ao menos...
Para uma boa mijada
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