sábado, agosto 05, 2006

cartilha, confissão e conclusão

tento lembrar de tentar ser mais feliz
tento lembrar de esquecer o que me dói
me adaptar, me esvair em suas marés, vida
tomar de assalto isso que nos cabe
apenas isso: o momento
e fazer disso a chave do meu tesouro
esquecer sofrimentos
esquecer sofrimentos
repito pra mim mesmo uma oitava acima
pela frente uma inteira vida
apagar o que vem de trás...
ser uma tábula rasa
ser um quadro de giz
adivinhar sorte e espelhar sorrisos
e quando aquela montanha barrenta e lamascenta me ferir
esquecer...
não olhar mais
aprender a "perdoar e a pedir perdão"
ser menos que tudo e mais do que nada
e me comportar de acordo

...

é engraçado que ainda tenho medo das pessoas
1,82 de altura, jovem, quase forte, "dou porrada"
e assim, um pluft com medo dos vivos
veja você, é que me desespero com facilidade
é que teimo em ser frágil
quando deveria transpor tudo que me incomoda
ou melhor, não deixar me atingir nada disso que me tritura
me despedaça e ri da minha desgraça

é que a vida é jogadora
e eu, queria apenas observar fora do tabuleiro
mas somos todos peões
somos todos peões...

Um comentário:

Anônimo disse...

Engraçado eu ter acertado sua altura exata...
Quando nada pra saber quase nada.