sexta-feira, agosto 25, 2006

natascha-fênix?

rastejar oito anos em metros quadrados
vizualizar só meu agressor
esquecer meu nome
ser apenas um buraco
um depósito
aprender as novas regras desse mundo mundo
nem tão vasto assim mundo
de parede e paredes
de saber quando vêns
quando me entrará a porta e as carnes
em meu intímo não sabes
mas desde criança faço piadas
com suas caretas
com partes do seu corpo
é onde guardo o pouco de humano que não me tomastes
chamo de julgador seu dedo
que é quem me fere primeiro
e de futuro o seu pé
pois é para onde olho na maioria das vezes que quero fugir
é onde vislumbro meu futuro
e um dia eu vou sair
e acho bom que te peguem morto
por que senão....

presa esses anos todos numa garagem
vê se pode?
qualquer um pode fazer isso
como confiar de novo em alguém vivo?
o que me satisfaz é pensar em seu corpo balançando
enforcado depois de se matar
só isso...

depois de todas essas cinzas
nem sei ao certo
o que esperar....

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