um poeminha bobo
para um bobo como eu
um gentil escárnio
e paira da sociedade
a vive zanzando
de teta em teta
a sugar indiscriminadamente
de treta em treta
sua vida um apêndice
de tantas realizações
em potencial
tantos sorrisos fechados
por quê não deixam que me esqueça
desta vida tola
ah não! ela pede seu sacrifício
pede a sua ação
estamos todos condenados a isso
ódio e redenção
viver lastimando
o que não se viveu
um purgatório
de homens sem asas
de camas sem conforto
seria muito pior
eu sem você
mas é preciso
continuar querendo
continuar neste suplício
então nos enganamos
e escolhemos assopro
como dádiva e perdão
como se paga então
a nossa dívida
de sangue e suor?
de lágrimas e rolos pelo chão
uma praga que assombra
todos nós, condenados
agora não!
há tanto o que se comemorar
como quando ela me olha
como quando ela me olha
como quando ela me olhou
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