sábado, abril 29, 2006

coração tirano

O zumbido do contínuo
Alcança as dobras do presente
Diante de tanta perfeição
A visão é chocante
Afasta meus sentidos
E vejo novos horizontes
Outros se perdem no tempo
por que me acham louco
Eu sou o dobro de vocês
Mas também o nada do fogo
Quem pesaria meu valor
Se seus pertences tivessem em jogo
Enervando-me a ponto de ebulição
Parece contagioso
Mas eu não consigo chegar perto
Me afasta e me atrai ao mesmo tempo
É o medo do perigo
É a caveira ímã
Vou botar uma dessas no meu quarto
Pra atrair a minha
E empurrar as suas
Preciso do singular
Pois o tirano
Não vai deixar
Depois de me tomar
Ainda quer o meu pensar
Coisas de fora
Coisas de família
Coisas banais
Coisas repulsivas

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