terça-feira, março 28, 2006

driblando destino

balance a cabeça para o lado contrário
revire dessa história o gosto amargo
de sangue e lágrimas
misérias expostas
em todas as salas

é quase impossível esquecer de um menino de rua
ele disse
é quase improvável que se viva feliz
eu pergunto
mas por que continuamos a nos esgueirar nesse funil
a nos selecionar nesse darwinismo inatural
a beijar o chão de toda nossa derrota
e esquecer pequenas vitórias
lembro hj da minha medalha de prata
foi a que eu consegui ganhar mas foi minha
eu bato no peito
não por que eu sou o melhor
mas por que eu sou
hoje eu tenho essa certeza
essa consciência de mim mesmo
sou erros e acertos
me vanglorio e me desastro
por que eu posso
sou tão senhor de mim mesmo
e ás vezes acho que posso enganar o destino
.
.
.
é geralmente nessas horas que me fodo

Nenhum comentário: