sábado, março 25, 2006

mais um pouco de veneno

mais um pouco desse veneno
mais um pouco de escorrer pelas bordas
de coletar o que sai do forno
e só comer o que cai das travessas
de tão cheio esse ódio
essa tristeza, e
mais do mesmo
a solidão
de tão vazio de abraços
carinhos e bons pensamentos
um carinho caia bem agora
mas só se eu esbarrar em alguém na rua
reaprendendo a conviver mais comigo
esse eterno grito
esse gemido
que ouço é de mim mesmo
e chega aos meus ouvidos
não encontro abrigo
só demolição
só solidão
eu sei,
tudo o meu erro
de passar vergonha
de querer ser ermo
e de vagar à toa
não me prender em ninguém
em nada e por nada
nem por mim mesmo
que é o último dos meus desafetos
o nome de cima da minha lista negra
que seja
quando enfim acabar com esse aí
tvz encontre a rendenção
que nunca consegui
nem na morte dos meus inimigos
nem nos braços dos meus amores não vividos

Um comentário:

Daniel disse...

Porra, se tu continuar escrevendo assim, vou ter um trabalho FDP, pq vou ter q comentar em todos os posts. Foda...

Bjunda

p.s.: critica sadia... evite a linguagem de internet. fica feio com poemas tao bonitos.