sexta-feira, setembro 15, 2006

o comum

de piruetas ele segue em traços de desespero
pega-se contornando vidas alheias apenas por um cheiro
passa mal de vitrines bem boladas
pois se lembra
e recordar o que sempre lhe fora mais caro
hoje em dia é o que mais lhe dói
teria chance se fosse mais pneumático?
pelo sim ou pelo não hoje gurgita filosofias
mascaradas em comida
e dança conforme a música
entra na mesma roda de quem apontava e ria
séculos atrás
sente mesmo um enjôo do mundo
de negar o que comer aos outros
de seguir seu caminho olhando pra baixo
seu próprio umbigo
cego e surdo aos apelos:
- ei moço, moço, môoçooooo...
nossa, já se considerou humano
hoje, é só uma fagulha
uma dúvida em frente ao espelho

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