terça-feira, setembro 05, 2006

velho quadro

retire qualquer som, calma
pense duas vezes se não estraga
altere a transmissão para pegar os dados corretos
tenha a dedicação de puxar os verdadeiros sacos
siga em frente, batendo em transeutes
esqueça de mim que não sou importante
algo em sua vida quebrou quando desviastes o olhar
quando se deixou vislumbrar apenas temporário
negue tudo aquilo que um dia vai ser
cuspa o sangue e a bala que irá chupar
desça,
desça,
até o fundo da sua alma e não encontrarás nada
ninguém lhe habita nestes dias
o frio que tomas é velho parceiro: é solidão
meu velho mancebo
verde de gelereiras glaciais
e o que vira antes, adultos infestados de sorriso
fora apenas um quadro mal pintado
e hoje pendurado torto na parede

Nenhum comentário: